quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Discurso de Fomratura


Durante toda minha vida imaginei como seria esse momento, como seria estar aqui e falar na frente de todos e confesso que nenhuma das minhas expectativas chegou se quer perto da real sensação de resumir uma história de quatro anos, para alguns até mais do que isso, em alguns minutos de discurso. Bem, o momento chegou e aqui estamos, realizando um sonho, mas a fantasia deixamos apenas para esse momento especifico, pois durante o período que estivemos juntos construindo nosso conhecimento, tivemos que lidar com realidades duras e se conseguimos foi com muita força, paciência e acima de tudo perseverança. Estamos aqui hoje celebrando o fim de um ciclo e o inicio de um novo. Depois de tanto tempo, finalmente a comemoração de mais uma vitória. Entre aulas, trabalhos, provas, estresses, correrias, a força e a vontade de chegar até aqui foi ainda maior fazendo-nos lutar por aquilo em que acreditamos. Mas não é o final. Nos conhecemos jovens, descobrindo o mundo e nos tornamos adultos juntos. Acompanhamos não só a trajetória da formação profissional, mas o crescimento e amadurecimento pessoal do outro, compartilhando momentos dos mais varidos. Mais do que colegas de faculdade e agora de profissão, nos tornamos amigos e esse laço não sucumbi a distância física, sim ela é real e a partir de agora cada um de nós tomara o seu caminho e para muitos será cada vez mais dificil o contato diário ao qual estavamos acostumados, porém não importa em que lugar do globo estejamos, cada vez que lembrarmos da época da faculdade teremos a certeza de que fizems amigos de uma vida inteira e não importa a geografia eles continuarão bem perto de nós, pois os traremos gravados em nossas memórias e em nossos corações.

Enfim, hoje é dia de comemoração, de conquista, mas nenhuma vitória é solitária e nenhum vencedor responsável por todo o mérito, por isso é o momento também de registrar e agradecer aqueles que nos ajudaram a chegar até aqui.

Primeiro quero agradecer ao Cara La De Cima, independentemente do nome que receba, é fato que existe uma força maior que rege todo esse movimento ciclico chamado vida, e à Ele o agradecimento pelo dom que nos foi dado de estarmos aqui entre muitos queridos vivenciando essa experiência única em nossas vidas. Maktub.

Não há como não agradecer também aos nossos pais, sejam biológicos, de coração, de afeto, de respeito, deixemos registrado o agradeciento pelas oportunidades e pela dedicação de uma vida. Estarmos aqui hoje não é um sonho só nosso, mas a realização de algo maior, a qual vocês junto conosco compartilharam de forma milimétrica e estão aqui em cima também representados, pois essa conquista não seria possível sem o apoio, sem a educação, sem a dedicação, sem os esporros, sem os puxões de orelha e principalmente por muitas vezes terem deixado de lado seus proprios sonhos para que pudessemos realizar os nossos. Por isso fica o nosso mais sincero agradecimento.

Mas outros também compartilharam essa trajetória árdua de forma tão intensa quanto nós. Aqueles que estiveram sempre ao nosso lado nos aconselhando, ou mesmo apenas em silêncio, mas a simples presença nos dava força e apoio para continuar. Nossos familiares, irmãos, avós, padrinhos, tios, primos, a vocês que formam as bases de nossa educação e respeito ao próximo o nosso muito obrigado.

É preciso, também, agradecer às nossas fontes de conhecimento e de inspiração. Muito mais do que professores, mestres de uma vida. Foram árduas e infinitas aulas, porém mais do que didática, paciência e muito desgaste, vocês contribuíram para formação, não só de profissionais, mas de seres mais humanos. Tenham certeza que o conhecimento compartilhado não foi em vão e ainda que nos falte experiência, os conselhos e palavras ecoarão em nossas mentes fazendo-nos encarar a vida de jornalistas com o dicernimento necessário para fazer a coisa certa. Por isso, o nosso muito obrigado aos aqui presentes, aos ausentes, aos primeiros, aos sempre, aos nossos professores e mestres.

Há ainda aqueles que estiveram sempre ao nosso lado, independentemente da epóca em que entraram em nossas vidas. Os amigos. Amigos são irmãos que vida se encarrega de colocar na vida da gente, então só é preciso reconhce-los. Como escreveu o jornalista por vida Paulo Sant´ana, “eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos [...]porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo”. Então para vocês meus, nossos amigos, o agradecimento pela compreensão, pela presença, pelo ombro, pela cumplicidade e pela amizade.

Registrados, ainda que superficialmente, o nosso agradecimento a todos que partriciparam dessa nossa vitória, volto a vocês, jornalistas, amigos. Podemos encarar isso como um fim, mas acreditem , é apenas o começo de nossas vidas. E alguns desejos se fazem presentes. Desejo que sejamos ainda mais guerreiros para nos tornar os melhores em tudo que tenhamos pretensão de realizar, mas que nunca nos falte a humildade necessária pra saber que ninguém é tão bom que não possa ser substiuído. Desejo que possamos ter a certeza que pedir ajuda não nos faz incapaz de realizar uma tarefa, entretanto por mais que sejamos rapidos sozinhos, chegaremos muito mais longe se tivermos com quem compartilhar planos. Desejo que tenhamos coragem de começar de novo, recomeçar, e inúmeras vezes se for necessário, porque nunca é tarde para mudar. Mudemos, pois nada que permaneça inerte evolui. Ousemos, pois correr riscos faz parte do sucesso e só aqueles que ousam conseguem destacar-se. Erremos, pois ninguém é perfeito e errando também se cresce. Contudo, sejamos felizes fazendo aquilo que nos propusemos desde o início, porque viver sem paixão é apenas existir e estamos aqui para fazer a diferença.

Então que a diferença seja feita.

Parabéns Jornalistas!!!

Obrigado.

Alexandre Rodrigues

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Seja feita a MINHA vontade


Depois de muito tempo sem escrever venho novamente dar o ar da graça. Não por falta de vontade, mas em fase de conclusão de curso e outros afazeres que me tomam o tempo, a dedicação a escrita voluntária torna-se quase impossível. Mas enfim, aqui estou de volta.

Cobrindo uma sessão especial sobre violência na Câmara Municipal de Madre de Deus, em meio a discursos calorousos, pedido de ajuda e investidas dos cidadãos sobre os políticos e oficiais ali presentes, alguns supostos culpados foram nomeados. Entretanto, um deles me chamou a atenção pela ênfase e repetição nas falas da maioria: a segregação familiar.

De certo a estrutura familiar mudou. As mães deixaram o lar para ganhar o mercado de trabalho, os pais, que já eram acostumados a estar sempre fora mantendo a família, agora intensificam essa busca por uma melhor condição, devido ao alto custo de vida e a demanda cada vez maior de profissionais para um mercado cada vez mais enchuto. Os filhos agora são criados por babás, creches, escolas que ofereccem atividades extracurriculares para preencher o tempo ocioso, ou mesmo são deixados com irmãos mais velhos – as vezes nem tão velhos assim – para que os pais possam sair e conquistar o pão de cada dia.

É fato que os tempos mudaram e entramos hoje numa sociedade mais permissiva do que as que nos antecedem. Essa permissividade exacerbada, desmedida, traz como consequência uma inversão nas relações de poder que deteriora os valores educacionais. Para compensar a ausência, os pais terminam exagerando nos mimos e/ou liberdade como uma tentativa de minimizar os danos. Ainda pode-se citar os casos de por falta de uma estrtura familiar saudável, o “não saber lidar com a situação” gera uma falsa visão de que “o que não tem remédio, remediado está”.

Contudo, tivemos sempre o ensinamento que representamos na vida a educação que tivemos em casa. Mas, e se não houver uma educação exemplar, o que seremos? Essa sociedade que temos hoje é um reflexo, digamos, primário dessa “falta de educação doméstica”. Logo, se não há uma figura a ser respeitada no ambiente familiar como implementar padrões de respeito e de hierarquia?

Pais sem autoridade geram crianças sem limites. Crianças sem limites tornam-se alunos sem senso de hierarquização, jovens sem senso não sabem o siginificado da palavra respeito. E essa bola de neve se agrava de tal forma que, quem deveria estar educando, está se tornando refém dessa geração ditadora da sua vontade. Pais não tem mais controle sobre seus filhos, professores são agredidos se contrariam a vontade dos seus alunos, até mesmo policiais são enfrentados se colocarem-se entre um desses jovens e suas vontades.

Em meio a tanta falha no sistema familiar-educacional, ainda nos deparamos com leis que defendem esses ditadores juvenis: o Estatuto da Criança e do Adolescente. É compreensível que exista uma média etária para definir a maioridade, porém um jovem capaz de fazer valer suas vontades/desejos, capaz de enfrentar pais e educadores e, indo ainda mais longe, capaz de, apesar de ter noção de certo e errado, infringir normas e regras sem se preocupar com as consequências pela sua condição de menor, deveria, também, ser observado como responsável por suas ações.

Não estou aqui querendo fazer apologia a agressão contra menores, muito menos a flexibilização do sistema de julgamentos, porém a falta de uma conduta padrão exige uma reavaliação nos conceitos de uma sociedade que usa o termo “moderma” para camuflar a postura excessivamente permissiva. Talvez estejamos precisando nos permitir comparar essa geração com as anteriores e, até mesmo, adotar posturas consideradas obsoletas. Afina, como diz meu avô: "Uma boa palmada nunca matou ninguém”.

Alexandre Rodrigues

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Feliz 2010!!!

Mais um ano vai chegando ao fim e parece que só nesse período paramos para pensar em tudo que fizemos pensando e/ou não.
Momento de intimismo, de introspecção e autoavaliação de conduta e de caminhos, de percursos.
Talvez seja a única época na qual realmente coloquemos na balança tudo que experimentamos e vivenciamos no ano que está chegando ao final.
Chega a ser engraçado, afinal nessa hora fazemos o processo inverso a tantas previsões. Já reparam que em toda entrevista, tenha o objetivo que tiver, todos desejam saber o que, onde e como você imagina estar daqui a um determinado espaço de tempo a frente? Ninguém jamais parou pra me perguntar ou eu imaginei estar exatamente agora a cinco anos atrás, por exemplo.
Por que só próximo a o inicio de um novo ano fazemos essa reflexão?
Seria tão desolador se deparar com uma realidade muito distante da que idealizamos?
Ou o medo de uma frustração nos faz preferir sempre imaginar o futuro?
Alguém uma vez disse que deveríamos olhar não o quanto nos falta percorrer, mas o quanto já percorremos até aqui.
Nossa! Quanta contradição. É de pirar mesmo.
Bom, há cinco anos atrás imaginava que hoje minha vida estaria bem diferente do real e isso deveria soar deprimente, afinal idealizara algo muito mais grandioso. Deveria me martirizar por isso?
Não!
Caminhos foram desviados, rotas foram transpostas, curvas foram burladas e tudo isso não indica que me perdi.
Foi através desse caminho louco e sem mapa que conheci pessoas inesquecíveis, por sua vez esqueci outras que pensei serem insubstituíveis. Percebi que não importa onde chegaremos, nem onde paramos, muito menos onde deveríamos estar, o importante é o trajeto, a aventura de estar sempre seguindo, o que vivenciamos pelo caminho.
Tudo o que levamos da vida são impressões. Aquele sorriso que nos faz rir só de lembrar; a saudade de um abraço carinhoso como nunca experimentamos igual; o gosto de algo que jamais imaginamos sentir; aquela brisa que parece afagar a face dando-nos a vontade de voar.
Existem aqueles que fizeram à diferença no mundo, que terão seus nomes marcados na eternidade. Não sou um desses! Contudo, com certeza sou, e tenho em minha vida, aquele(s) que fez a diferença na vida de outros que cruzaram o meu caminho e deles algo também ficou em mim. Minhas impressões. Suas impressões. Nossas impressões.
Delas independem distancia, tempo, cor, cheiro, tudo, nada. Elas estão entranhadas em nós e assim permanecerão até que nossos caminhos ganhem outros caminhos, juntos, separados, sozinhos, aqui, ou em qualquer outro mundo.
Pessoas que fazem diferença não se perdem nunca, pois estarão sempre perto, dentro da gente, fazem parte de nós.
Então, queria dizer que você fez a diferença em minha vida e que estará comigo sempre, a todo instante, em mim.
Que em 2010 possamos reavivar ainda mais os laços de afeto e amor que faz de nós pessoas capazes de fazer a diferença...
Feliz ano novo!!!
Alexandre Rodrigues